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Educação alimentar é tema de oficina com famílias agricultoras

Oficina se propôs a refletir sobre os hábitos alimentares das famílias e promover uma discussão sobre o alto consumo de sal, gordura e açúcar

No dia 1º de junho, o projeto Segurança Alimentar para o Semiárido de Pernambuco iniciou mais uma etapa de oficinas educativas sobre educação alimentar, promovendo no Assentamento Pereiro I, em Lajedo (PE), a primeira oficina da atividade que beneficiará duzentas famílias.

No dia seguinte, a oficina foi promovida na Associação Comunitária Nossa Senhora das Graças, na comunidade de Olho d’Água Novo. A sensibilização, ministrada pela nutricionista Valquíria Medeiros, reuniu agricultores dos sítios Olho D’àgua Novo, Prata, Sombra e Impoeiras.

A oficina se propôs a refletir sobre os hábitos alimentares das famílias e promover uma discussão sobre o alto consumo de sal, gordura e açúcar. Por se tratar de uma prática cotidiana o tema rendeu muitas perguntas à nutricionista o que possibilitou uma aproximação entre os presentes.

“Estou certa ou errada em dar água para o meu filho durante as refeições?”, questionou a agricultora Roberta Melo da Silva, de 31 anos. “Trocar refrigerante ou suco de caixinha por apenas um copo de água está corretíssimo. Pode continuar”, aprovou a nutricionista que aconselha que a quantidade de água não ultrapasse um copo. Dessa forma simples, temas como obesidade, hipertensão, diabetes e outras doenças foram sendo facilmente debatidas.

Segundo Medeiros, é muito importante debater os hábitos alimentares que geram saúde para a população. “A cada 5 crianças obesas, 4 permanecem obesas. Ninguém fica doente do dia para a noite, é uma condição que se forma desde a infância. É preciso sensibilizar as comunidades sobre a alimentação saudável”, explicou.

Uma das participantes mais entusiasmadas era a agricultora Maria José Serafim Araújo, 58 anos. Diabética, Maria José conta que todos os dias monitora a quantidade de açúcar no seu sangue e encheu a nutricionista de perguntas. “Quais são as frutas que posso comer sem medo mesmo sendo diabética?”, questionou.

Todos fizeram perguntas e tiraram suas dúvidas. “O segredo é manter o equilíbrio e o balanceamento dos produtos industrializados e naturais. Deixar de comer isso ou aquilo é muito difícil, mas podemos diminuir e equilibrar a ingestão de doces, salgados e gordura”, explicou Medeiros.