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AVSI Brasil ganha edital para atuar em presídio feminino

Iniciativa contribuirá para capacitação profissional no sistema prisional de Belo Horizonte

Após cumprirem pena, muitos condenados à privação de liberdade encontram dificuldades de conseguir emprego na sociedade devido à falta de capacitação profissional e ao preconceito. Com isso, estima-se que 70% dos condenados reincidam e cometam crimes piores, retornando novamente ao sistema prisional, segundo dados do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Compreendendo que o trabalho é um dos importantes pontos de ressocialização de condenados, a AVSI Brasil atua há 6 anos em projetos que investem na capacitação desse público. O último trabalho no sistema prisional comum, foi o projeto Novos Horizontes, Novas Oportunidades, onde a AVSI contribuiu com cursos de empreendedorismo no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto (PIEP), em Belo Horizonte.

A fim de realizar um percurso socioeducativo e profissional com as mulheres na PIEP, a AVSI Brasil foi contemplada, na última quinta-feira (27), com o Edital 1/2016 da Vara de Execuções Penais do TJMG com recurso de pouco mais de R$97 mil. O valor será utilizado para capacitar presas na área de padaria e panificação e contribuir no processo de implantação de unidade produtiva nas dependências do presídio, que futuramente poderá beneficiar centenas de mulheres no aprendizado de um novo ofício.

“Essa é uma ótima oportunidade de dar continuidade ao trabalho com as mulheres na PIEP, ofertando qualificação técnica aliada à prática, através da implantação de uma nova unidade produtiva. Ao mesmo tempo, vai ser possível trabalhar questões relacionadas ao importante tema do empoderamento feminino”, declarou o diretor vice-presidente da AVSI Brasil, Jacopo Sabatiello.

O projeto, com duração prevista para 12 meses, visa difundir a educação profissional e promover a reintegração social e familiar. Na iniciativa, além da formação técnica, as presas receberão também formação humana, que busca o fortalecimento do potencial humano e a ressignificação do trabalho, reduzindo fatores de risco pessoal que colaboram com a reincidência criminal. Além disso, a ação pode auxiliar a reconstruir famílias e a proteger a sociedade.

“É importante que existam entidades movidas em proteger as minorias. Capacitando pessoas, estamos reconstruindo vidas”, afirmou o juiz de direito da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte, Luiz Carlos Santos.