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Dia D nos Abrigos em Boa Vista incentiva a inserção socioeconômica de refugiados e migrantes

Iniciativa da AVSI Brasil e parceiros promove a interiorização, com acesso a vagas de emprego, fortalecendo a reconstrução de vidas

Em Roraima, a AVSI Brasil em conjunto com parceiros trabalha intensamente para proteger e apoiar as pessoas refugiadas e migrantes, por meio de soluções que lhes permitam reconstruir suas vidas no Brasil.

A equipe de Soluções Duradouras está presente nos abrigos da Operação Acolhida em Boa Vista (RR), conjuntamente com diversos parceiros, como a Força-Tarefa Logística-Humanitária, Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Ministério de Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), entre outros, para garantir a disseminação de iniciativas de capacitação e integração das pessoas, além de esclarecer dúvidas e apoiar a comunidade com relação a Estratégia de Interiorização.

A iniciativa do “Dia D de Empregabilidade”, que começou na semana do dia 15 de outubro, visa conectar refugiados e migrantes às vagas de emprego por interiorização, em parceria com entidades como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), Marfrig, Hermanitos, Refúgio 343, JBS, entre outros.

“O Dia D nasceu de uma reunião estratégica, onde identificamos a importância fundamental da presença ativa dos parceiros nos espaços de acolhimento. A representatividade de cada empresa ou organização é essencial para garantir que os serviços oferecidos à população venezuelana sejam efetivos. Neste ano, nosso principal objetivo tem sido fortalecer essa união para promover a integração das pessoas, e os resultados têm sido extremamente positivos. Agora, com a participação plena dos parceiros atuantes no VES nesta ação, estamos concretizando uma colaboração ainda mais sólida e impactante”, comenta Jéssica Oldrey Fernandes, oficial sênior de proteção de base comunitária e soluções duradouras da AVSI Brasil.

Essa é a primeira vez que o “Dia D de Empregabilidade” ocorre de maneira coordenada em todos os abrigos. A ação começou no abrigo Rondon 1 no início da semana e seguiu para o Rondon 5 e no abrigo indígena Waraotuma a Tuaronoko na quinta-feira. O objetivo é criar familiaridade entre a comunidade migrante e os profissionais do Centro de Coordenação de Interiorização (CCI), facilitando o acesso às vagas e permitindo um diálogo direto com quem atua na seleção para interiorização.

“Conseguimos observar que essas ações são fundamentais para incentivar a comunidade na busca por estratégias de saída segura, por meio do VES, nos três dias de atividade, conseguimos atender 129 pessoas para novos cadastros e encaminhamentos, identificando perfis promissores para as vagas disponíveis. Esse é um passo importante que estamos dando em conjunto para promover a integração socioeconômica da população migrante”, destacou Sandy Smile, oficial de meios de vida e soluções duradouras, da AVSI Brasil, responsável por coordenar as ações dentro dos três abrigos.

As vagas de emprego oferecidas contemplam perfis diversos, como famílias, pessoas solteiras e casais sem filhos. A AVSI se responsabiliza pela articulação com os parceiros, mobilização da comunidade, sessões informativas, organização dos espaços, providenciando materiais e suporte direto aos participantes.

Elis Pacheco, de 43 anos, esteve presente durante a atividade no Rondon 5. Ela conta que já possui um processo de interiorização aberto, mas que esteve presente na ação para acompanhar amigos que ainda não conheciam as oportunidades através da interiorização.

 “O meu processo tem andado muito bem, tive algumas reuniões, fiz exames e tudo que é necessário. Dentro do abrigo, podemos contar com o apoio de Soluções Duradouras, e fora dele, no CCI, há também muito apoio. Por isso, sempre falo dessa oportunidade para todos que conheço”, relatou Elis Pacheco, participante da interiorização por vaga de emprego sinalizada.

A expectativa é que a ação continue conectado à população abrigada a oportunidades de emprego por interiorização, reafirmando o compromisso com soluções duradouras que permitam que essas pessoas reconstruam suas vidas com dignidade.

Ações como esta, do Projeto Gestão de Abrigos, são possíveis, mediante as parcerias com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Força-Tarefa Logística-Humanitária e Ministério de Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).