O projeto Camaragibe Melhor realizou, no dia 29 de setembro, o 15º Encontro Formativo. A discussão sobre a Rede Municipal de Educação Infantil foi realizada no auditório da prefeitura de Camaragibe (PE). O evento reuniu representantes de secretarias municipais e estaduais, prefeitura, organizações da sociedade civil (OSCs), além da equipe AVSI Brasil. A coordenadora geral da educação infantil de Camaragibe, Adriana Silva, foi convidada para discutir a temática.
A formação apresentou pontos sobre a educação infantil nos âmbitos municipal e nacional. Nacionalmente, Adriana Silva destacou a formulação do Plano Nacional de Educação, que tem como primeira meta garantir, até 2016, escolas para todas as crianças de 4 e 5 anos. No âmbito municipal, a coordenadora geral esclareceu dúvidas sobre a matrícula nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIS), que oferecem os serviços de creche e pré-escola para crianças de 0 a 3 anos, moradoras de qualquer localidade de Camaragibe.
Durante o encontro, as organizações que executavam o serviço de Educação Infantil mostraram seu descontentamento de terem convênios cortados. Essas instituições recebiam do município formação continuada, merenda escolar e material didático, mas, desde a gestão passada, esse convênio foi cortado. Adriana Silva explicou que, de acordo com a Lei de Diretriz Básica, cabe à rede pública garantir, executar e gerir a Educação Infantil.
Para a gerente geral da AVSI Brasil em Pernambuco, Ana Bianchi, o evento foi muito positivo e será repetido em dezembro. Cada organização se comprometeu em mobilizar outras pessoas para que a informação sobre a educação infantil e a obrigatoriedade de matrículas na rede municipal seja disseminada para toda a população. “Podemos realmente perceber a interação entre sociedade civil e o poder público. Aliás, foi um dos únicos encontros em que saímos com um encaminhamento concreto em benefício para a população”, avaliou.
O Departamento de Acompanhamento Escolar de Camaragibe (DAE) se colocou à disposição das lideranças para resolver casos que não sejam resolvidos diretamente nas escolas, além de acolher e analisar todas as demandas das comunidades. “Saio daqui com o sentimento de muita gratificação. Percebemos o envolvimento da sociedade com o poder público e podemos esclarecer as políticas municipais para todos e, acima de tudo, o que me deixou encantada foi poder ouvir as suas demandas”, afirmou a chefe do DAE, Aiza Aroxa.