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Projeto Acolhidos por Meio do Trabalho ultrapassa 2 mil interiorizações de migrantes e refugiados venezuelanos e mil pessoas contratadas, em três anos

Em 36 meses o projeto vem transformando a vida de centenas de famílias venezuelanas e brasileiras com oportunidades de trabalho e cursos em diversos estados brasileiros

O projeto Acolhidos por meio do trabalho está completando três anos de atividades e, para destacar as principais ações executadas, produzimos a série #EspecialAcolhidos3Anos, que será dividida em cinco edições e publicadas durante as próximas semanas, com os principais resultados alcançados neste período.

Implementado desde 2019 com o objetivo de melhorar o acesso ao trabalho formal a pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela e para a população brasileira em situação de vulnerabilidade, além de facilitar a integração socioeconômica com interiorizações de Roraima para outras localidades do Brasil, o projeto Acolhidos por meio do trabalho vem transformando a vida de centenas de famílias no Brasil. Seja no aspecto da empregabilidade, como na oferta de capacitações técnicas, ou nos processos de interiorizações que contam com equipes especializadas no atendimento psicossocial, as ações do projeto oferecem segurança para que cada pessoa atendida conquiste sua autonomia e seja integrada no Brasil com dignidade, além de apoiar as empresas contratantes nas seleções e na adaptação individual no ambiente de trabalho.

No aspecto da empregabilidade para refugiados e migrantes venezuelanos abrigados em Roraima, o projeto intermediou a contratação de 999 venezuelanos que em sua maioria vivia em um dos centros de acolhida da Operação Acolhida, em Boa Vista (RR). Essas pessoas foram interiorizadas voluntariamente para outros estados, junto de seus familiares, totalizando 2.226 pessoas interiorizadas, em três anos. “Desde a concepção do projeto, a AVSI tinha algumas premissas: o trabalho seria um fator relevante para a integração local; manter as famílias unidas era um elemento crucial para o sucesso das interiorizações; e o acompanhamento psicossocial nas cidades de acolhida era fundamental para um adequado processo de adaptação à nova vida”, pontua a gerente do projeto, Thais Braga.

Já em Manaus, onde o projeto atua com a integração local de refugiados e migrantes venezuelanos, 13 pessoas foram contratadas para trabalhar em 7 empresas parceiras na região. Além da integração pelo trabalho, o projeto Acolhidos também efetuou o cadastro de 320 pessoas em um banco de talentos, sensibilizou mais de 20 empresas para a contratação de venezuelanos e realizou oficinas sobre Direitos Trabalhistas e Educação Financeira, nos centros de acolhimentos de Manaus, em parceria com a Operação Acolhida e o governo estadual.

Entre os diferenciais do Acolhidos por meio do trabalho, está o acolhimento seguro nos três meses iniciais em que as famílias chegam nas cidades de destino. É neste momento de grandes mudanças que as famílias contam com o acompanhamento de profissionais contratados pelo projeto, que as auxiliam na inserção aos serviços e benefícios públicos e sociais, ativam a rede de proteção para refugiados e migrantes, servem como mediadores no diálogo com as empresas contratantes e ajudam no processo de autonomia. 35 profissionais, entre assistentes sociais e psicólogos, já passaram pelo projeto, fazendo este acompanhamento psicossocial.

O projeto também prevê moradias temporárias para as famílias interiorizadas neste período, equipadas com itens básicos como geladeira, fogão elétrico, cama, colchão, enxoval de cama e banho e kits de higiene e cozinha. Em 36 meses, 467 habitações foram asseguradas. Ainda são garantidas uma cesta básica de alimentos e um cartão alimentação por família. “Este suporte local gera tranquilidade para as empresas e para as próprias famílias, pois as pessoas contratadas não precisam administrar sozinhas questões como contrato de aluguel, compra de mantimentos, matrículas para os filhos, mobilidade local e outras questões, podendo se dedicar integralmente ao novo trabalho”, pondera Thais.

O Acolhidos por meio do trabalho tem o envolvimento do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), da Fundação AVSI e AVSI-USA e é financiado pelo Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos EUA, além do apoio institucional da Casa Civil da Presidência da República, da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Organização Internacional para as Migrações (OIM), Rede Brasil do Pacto Global e de entidades da sociedade civil que atuam na temática do refúgio e da migração.

Confira na próxima edição #EspecialAcolhidos3anos: cursos técnicos possibilitam o protagonismo de brasileiros em situação de vulnerabilidade e de refugiados e migrantes venezuelanos.