Audiência contemplou possibilidade de unidades prisionais APAC no estado
Para articular possibilidades de expansão do método APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) em São Paulo, o diretor vice-presidente da AVSI Brasil, Jacopo Sabatiello, esteve no Palácio do Governo de São Paulo, na última segunda-feira (11), em audiência com o governador Geraldo Alckmin, a convite do Deputado Estadual Marcos Zerbini.
“Estamos sempre trabalhando para expandir e superar fronteiras. Esperamos que as APACs sejam uma realidade futura no sistema penitenciário paulista”, comentou Sabatiello.
Junto a Jacopo Sabatiello, participaram da reunião Valdeci Ferreira, diretor executivo da FBAC (Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados), o juiz de direito Luiz Carlos Rezende, o advogado Tomaz de Aquino, Fabio Riva e Cleusa Ramos, presidente da ATST (Associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo). Além deles, se encontravam secretários de governo, justiça e administração penitenciária e a Advocacia Geral do Estado.
Na audiência, foi discutida a possibilidade da implantação de APACs no estado, como alternativa ao sistema penitenciário paulista.
“Esperamos que, em breve, possamos ter à disposição do povo paulista, essa nova alternativa, para conseguirmos fazer um trabalho mais eficaz na recuperação dessas pessoas que estão em débito com a justiça e que, além de recuperar, ao retornarem à sociedade, estejam verdadeiramente transformados, e não voltem mais ao mundo do crime”, comentou o deputado estadual Marcos Zerbini sobre a reunião, em rede social.
Implantar APACs em diferentes estados brasileiros é um dos objetivos do projeto Superando Fronteiras, financiado pela União Europeia e realizado pela AVSI Brasil, em parceria com o Instituto Minas Pela Paz e a FBAC.
Unidades prisionais APAC
As APACs tratam-se de presídios diferenciados que são caracterizados pela ausência de policiais e de armas de fogo. A proposta é promover a humanização do sistema penitenciário. Essas unidades prisionais, além de serem mantidas com um terço do custo de um presídio tradicional, apresentam um menor índice de reincidência.
O estado de Minas Gerais é referência na aplicação da metodologia APAC por possuir o método como política pública. Nele existem, 39 unidades prisionais em funcionamento, o maior número do Brasil.
Expandir as APACs para outros estados brasileiros significa promover a defesa dos direitos humanos e ampliar as possibilidades de ressocialização e reinserção social de condenados.
