Oitenta e seis moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador, concluíram, nesta terça-feira (6), o Curso de Informática, ofertado através do Projeto ‘Acolhidos Por Meio do Trabalho’, promovido pela AVSI Brasil e parceiros. A capacitação – que tem por finalidade preparar brasileiros para o mercado formal – teve duração de 20 dias, e aconteceu no Centro de Orientação da Família (COF), localizado no bairro São João do Cabrito, em Salvador, na Bahia.
Durante esse período, quatro turmas formadas por alunos com idades entre 14 e 55 anos, tiveram acesso a aulas práticas e teóricas voltadas para noções básicas de informática, além de conteúdos relacionados a formação humana e cidadã.
Silvana Santana Santos, 32 anos, e seu filho Pedro Gabriel Santos, 14, fazem parte do grupo dos 86 formandos. Em busca de emprego, ela destacou a relevância da capacitação para o processo de preparação para as exigências do mercado de trabalho.
“Essa foi a primeira vez que fiz um curso de informática, e sei o quanto a qualificação é necessária para conseguir um emprego. Ter a oportunidade de realizar esse curso gratuito e perto de casa, foi, com certeza, muito bom. Agora, com o meu certificado, sinto-me mais segura para competir com outros candidatos nas entrevistas de emprego. Melhor ainda é perceber que o meu filho está tendo a oportunidade que na idade dele eu não tive. Então, agradeço aos professores e a todos que fazem parte desse projeto que trata todos de igual para igual”, declarou.
Inserção no mercado
Após a conclusão dos cursos, uma equipe do Projeto ‘Acolhidos Por Meio do Trabalho’, dedica-se nas buscas por possíveis vagas de emprego para essas pessoas. A iniciativa acontece através da criação de um banco de talentos, onde os dados pessoais e profissionais dos alunos são transformados em um currículo.
A partir disso, uma profissional inicia o filtro de vagas, de acordo com o perfil profissional de cada um dos alunos. Desde o lançamento do projeto, em 2020, pouco mais de 100 moradores foram inseridos no mercado de trabalho e implantaram o próprio negócio.
“A ideia é que a gente consiga abraçar os jovens, mas também, os seus familiares. Por isso a faixa etária para as capacitações é de 14 a 55 anos. E o mais importante para nós é despertar nessas pessoas o melhor que elas têm enquanto seres humanos. Entendemos que antes de aprender a fazer, precisamos aprender a ser”, pontuou a gerente de projetos e coordenadora de formação técnica, Débora Oliveira.
