O primeiro sistema de bioágua familiar do projeto Segurança Alimentar do Semiárido começou a ser construído na última quinta-feira, 05. O bioágua piloto está sendo construído no quintal do agricultor Vânio José da Silva, do Sítio Bananeiras, em Jupi, município pernambucano.
Vânio está muito feliz em receber o primeiro sistema de bioágua. “É uma das melhores notícias que recebi. Há tempos conhecia o bioágua e sempre achei uma tecnologia simples, fácil e que todo mundo deveria ter em casa. Já tinha vontade de construir em casa e, quando soube da notícia que seria beneficiário, fiquei muito contente”, contou o agricultor. A chegada do bioágua só não é mais esperada que o seu primeiro filho Lorenzo, que deve nascer na primeira quinzena de março. A alegria do primeiro filho e a certeza de condições melhores de reaproveitamento de água são conquistas bastante celebradas pela família.
Para Célio Muniz, coordenador técnico do projeto, a construção do primeiro sistema de bioágua é um marco para o projeto, que, de forma pioneira, instala na região um sistema de reuso de água que contribuirá com a convivência com o Semiárido. “Nossa expectativa é de que o projeto possa alavancar também a consciência de preservação dos recursos que passa pelo reaproveitamento do que está disponível. O sistema será mais um mecanismo para melhoria da condição nutricional das famílias proporcionando a produção regular de alimentos, tendo em vista que o bioágua permite a irrigação para a agricultura familiar de maneira permanente” comentou Muniz.
Tecnologia
O sistema de bioágua familiar filtra a água cinza (pias, torneiras, tanques) produzida por uma família através de um processo físico e biológico. A água filtrada é armazenada em um tanque e bombeada para a irrigação de um quintal produtivo. Serve para aguar fruteiras, ervas medicinais e verduras. Durante o período de construção, os pedreiros e serventes dos demais municípios serão capacitados para que os profissionais locais dominem a construção do sistema e possam multiplicá-lo.