No fim do ano passado, um representante do projeto ‘Além das Fronteiras Brasileiras’ realizou uma visita institucional ao Chile, com o objetivo de se reunir com os representantes da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs) para reforçar o comprometimento do apoio a transferência metodológica para o país.
Durante a ação, foram realizados encontros para a consolidação de dados sobre a situação penitenciária e o fortalecimento da metodologia APAC na garantia dos direitos humanos de pessoas privadas de liberdade.
Atualmente existem 52 espaços que aplicam a metodologia APAC no Chile. Apesar disso, o progresso da APAC no país enfrentou severos desafios causados pela pandemia COVID-19. A interrupção das visitas familiares, por exemplo, foi outro elemento que agregou tensão para o sistema penitenciário como um todo. Porém, apesar das adversidades enfrentadas, a metodologia segue sendo implementada e beneficia milhares de pessoas que hoje cumprem penas em espaços humanizados e que prezam pela valorização da dignidade humana.
Todo esse cenário fez com que a visita fosse crucial para o andamento do projeto no país. Luís Mussiet, presidente da Confraternidade Carcerária do Chile, afirmou que há grande expectativa de que um importante acordo entre APAC e a Gendarmaria seja assinado em breve. A proposta desse documento está em tramitação desde 2020 e visa garantir a autonomia administrativa da APAC e resguardar a permanência dos espaços para aplicação da metodologia dentro dos presídios.
O representante do projeto Além das Fronteiras Brasileiras se reuniu também com Ricardo Arredondo, Capelão Regional Metropolitano de Santiago, onde coletou informações sobre o trabalho de outras APACs no Chile.
Por fim, foi feito um planejamento para 2022 onde se dá continuidade ao trabalho metodológico e institucional que se vem realizando no país desde 2018. Dentre as atividades, incluiu-se novos encontros presenciais e semipresenciais para o primeiro semestre do ano de 2022.