A AVSI Brasil trabalha em parceria com a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) para apoiar na acolhida da população venezuelana no Brasil. Atualmente, a AVSI Brasil atua em seis centros de acolhida (abrigos) para refugiados e migrantes venezuelanos, em duas estruturas de recepção e serviços, e outras iniciativas em Roraima.
Com a intenção de proporcionar maiores oportunidades à população que servimos, AVSI Brasil e ACNUR se uniram à KLABU, organização holandesa que trabalha diretamente com comunidades de refugiados em todo o mundo. Por meio do esporte, a KLABU cria pontes para mudar a narrativa em torno da migração, iluminando os talentos e a beleza dos refugiados.
O objetivo do projeto é a criação de um espaço multifuncional (Clubhouse) para apoiar migrantes e refugiados indígenas, crianças e adultas que residem no abrigo Waratuma A Tuaranoko, na cidade de Boa Vista, em Roraima.
O local possui um sistema de biblioteca desportiva, com todo o equipamento necessário para a prática de esportes e jogos. O clube funciona também como um centro social, onde as pessoas podem se encontrar, assistir partidas transmitidas, acessar Wi-Fi e estudar.
Ações previstas:
- Empréstimo de equipamentos esportivos e de jogos;
- Prática de jogos indoor (dentro de espaços fechados);
- Prática de esportes (ao ar livre);
- Transmissão de jogos esportivos e filmes;
- Acesso a Wi-Fi e música;
- Realização de torneios e eventos ocasionais;
- E-sports (competições de jogos digitais).
As práticas desportivas e culturais serão sempre planejadas pela comunidade, contando com o apoio de recursos em equipamentos, estruturas e equipe AVSI para garantir a implementação e sustentabilidade a longo prazo das atividades e serviços disponibilizados.
Os gestores locais (líderes comunitários orientados pela KLABU, ACNUR e AVSI Brasil) reunirão a comunidade do abrigo indígena para emprestar equipamentos esportivos, além de organizar eventos e torneios.
Resultados esperados:
- Integração local e inclusão social;
- Melhoria da saúde mental com a prática de esportes;
- Criação de vínculos a partir da coexistência pacífica entre etnias;
- Reduzir a desigualdade de gênero.
Apesar das dificuldades do idioma, as práticas desportivas e culturais que envolvem outras linguagens (não-escritas), podem transcender essa limitação. A linguagem corporal e o exemplo sendo visualizado em novas práticas serão importantes para aproximar as pessoas e favorecer a adaptação da didática de ensino, tornando-se um diferencial na inclusão da população indígena.