Há nove anos, quando iniciei a graduação em relações internacionais, comecei a acompanhar, muitas vezes como voluntária, a atuação de organizações sociais que atendiam migrantes e refugiados. Conheci a AVSI Brasil quando a organização começou a atuar na gestão dos abrigos em Roraima, em 2018, e a estabelecer parcerias com outras ONGs que eu já conhecia o trabalho.
Me interessei pela interface entre direitos humanos e justiça criminal ainda na graduação e, após alguns anos atuando no setor público, fiquei sabendo que havia uma vaga aberta para atuar no projeto Más Allá de las Fronteras. Foi a oportunidade ideal para que eu pudesse contribuir com a promoção de direitos da população privada de liberdade, uma temática que julgo tão necessária de ser trabalhada e que, por vezes, é preconizada mesmo nas agendas de direitos humanos.
O projeto Más Allá de las Fronteras (Além das Fronteiras Brasileiras) atua na promoção dos direitos humanos das pessoas privadas de liberdade no Brasil, Chile, Costa Rica e Paraguai. No dia a dia, eu lido com os parceiros do projeto nos países, de modo que possamos operacionalizar e dar seguimento a ações que promovem a humanização da pena e combate a tortura e maus tratos no ambiente prisional nesses países.
Sinto que, não só o meu trabalho, como o da organização em geral, é focado na geração de real impacto na vida dos beneficiários dos projetos, o que é muito motivador e recompensador.