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Ações sociais são diferencial em intervenção urbanística

De maneira integrada, projeto traz desenvolvimento significativo para moradores da comunidade Guerreira Zeferina

Hoje eu levantei 6 horas da manhã pra arrumar meus 4 filhos e vir pra cá. Mesmo com todo o sacrifício, eu fiz questão de vir. Isso aqui é um sonho realizado”, conta Manuela Cruz. A dona de casa é uma das moradoras da comunidade Guerreira Zeferina, no Subúrbio Ferroviário de Salvador (BA), que recebeu a visita do prefeito ACM Neto para a Inauguração da Primeira Etapa da obra de requalificação do local.

No lugar de barracos de madeira e plástico, foram construídas 257 unidades habitacionais para as famílias, incluindo 20 unidades adaptadas para necessidades especiais: cadeirantes, idosos, pessoas com dificuldade de locomoção ou com doenças degenerativas. Além dos apartamentos, os moradores contarão com uma creche municipal dentro da comunidade.

A intervenção urbanística e habitacional na comunidade, totalmente financiada com recursos da Prefeitura de Salvador, tem como diferencial a integração de ações sociais da Secretaria Municipal de Promoção Social (Semps) e Casa Civil, realizadas pela AVSI Brasil por meio do projeto Guerreira Zeferina, promovendo a melhoria das condições de vida do moradores.

 Ações sociais

Eu tenho uma história trabalhando com comunidade e digo com absoluta certeza que nada foi feito como o que está sendo realizado aqui, porque não é só construir unidades e entregar às famílias, mas é o processo de construção, de transformação dessas famílias. O trabalho social aqui foi fundamental, e a AVSI foi especial nesse sentido. Hoje a gente sabe o nome de cada morador, porque teve um acompanhamento nesse período todo”, declarou Tânia Scofield, titular da Fundação Mário Leal Ferreira, parceira no projeto.

 A equipe do projeto social da AVSI Brasil acompanhou as famílias desde a atualização do cadastro dos beneficiários, com atenção a cada particularidade. A proximidade com os moradores permitiu a elaboração do Plano de Reassentamento e Medidas Compensatórias e a estruturação do Plano Social, com iniciativas de Acompanhamento e gestão social da intervenção do projeto, Mobilização, organização e fortalecimento social, Educação ambiental e patrimonial e Desenvolvimento socioeconômico.

 Trabalho e renda

Por meio de grupos focais de geração de trabalho e renda e do levantamento profissional dos moradores foi possível identificar suas potencialidades e propor capacitações profissionais.

Maria Solange Freitas conta sobre o aprendizado no curso de culinária oferecido pelo projeto. “O curso de Salgados e Folhados foi uma coisa muito boa, porque aprimorou a experiência que eu tinha. Eu já trabalhava com festas, mas no curso aprendi muito. Hoje eu trabalho medindo os materiais, sei dar preço e passar pra o cliente”, comemora.

Uoston do Socorro teve um duplo benefício: a formação em pedreiro e a contratação para trabalhar na obra da comunidade. “Fazer o curso de pedreiro é a realização de um sonho. É muito gratificante estar construindo o lugar pra gente morar. Saber que fui eu que fiz a minha casa, a casa de minhas filhas, de meus vizinhos, é muito bom”.

O projeto social incluiu também visitas domiciliares, reuniões comunitárias e capacitação de lideranças. “A gente vivia aqui sem estrutura, sem endereço. Hoje só tenho a agradecer. Estou fazendo parte do curso de lideranças pra conhecer mais, pra trazer mais projetos pra comunidade, principalmente para as crianças e os jovens, afirmou a moradora Jorgina Soares.

As ações sociais continuam. Após a entrega da segunda etapa dos apartamentos, prevista para o segundo semestre deste ano, serão realizados um curso de planejamento e orçamento doméstico, iniciativas de educação ambiental, oficina sobre gestão condominial com assessoria técnica para eleição do Conselho Consultivo (síndico e conselheiro), apoio ao grupo gestor e um vídeo documentário sobre a comunidade.