O encontro online entre a coordenação do Projeto Libélula da AVSI Brasil, em Belo Horizonte (MG), e representantes da Fraternidade Brasileira de Assistência ao Condenado (FBAC) deu início à segunda etapa do Projeto Libélula. Composta por Ana Paula Philippi e Déborah Amaral, a coordenação do projeto iniciou o diálogo com a apresentação de todos os participantes presentes, entre eles Monalysa Santos, Leandro Mendes e Wescley Lopes; da APAC de Rio Piracicaba, Vânia Cunha; da APAC Feminina de Frutal, Felipe Galina; e da APAC de Belo Horizonte, Ana Cláudia Bernabe.
Direcionada aos setores administrativos das APACs femininas de Belo Horizonte, Rio Piracicaba e Frutal, e ao setor pedagógico e inspetoria da FBAC, a reunião teve como objetivo apresentar a programação do projeto planejada para o ano de 2024, além de reforçar os laços entre as instituições, destacando a importância de cada uma para o sucesso do projeto.
“Essa atividade foi organizada para o alinhamento entre todas as partes que devem colaborar para o bom desenvolvimento de cada percurso formativo a ser implementado no ano de 2024 em cada uma das APACs beneficiárias.” Disse Ana Paula Philippi, Consultora em Direitos Humanos do projeto Libélula pela AVSI Brasil.
A AVSI Brasil desenvolve projetos de apoio às APACs desde 2011, tendo promovido mais de 10 cursos de qualificação nas mais diferentes áreas com recuperandos da associação. Dessa forma, o projeto Libélula visa gerar um impacto ainda maior de sustentabilidade nas ações em presídios e APACs, ampliando as ferramentas de capacitação teórica e prática para mulheres em temáticas específicas definidas junto à FBAC e ao corpo diretivo e técnico das APACs.
Nesse contexto, as reuniões organizativas do projeto entre a AVSI Brasil, as APACs e a FBAC reforçam a parceria e contribuem para o fortalecimento do princípio metodológico da instituição “Fazer com”, que tem como objetivo não impor uma metodologia de trabalho, mas construir em conjunto, valorizando o diálogo e a participação de todas as pessoas envolvidas.
Projeto Libélula
Considerando o aumento exponencial do encarceramento feminino nas últimas décadas a nível global, ao qual o Brasil alcançou o terceiro lugar no ranking de países com mais mulheres presas no mundo em 2022, bem como a escassez de políticas públicas desenvolvidas que observam as características específicas e interseccionais desse público, essa atividade visa focar em atenção, energia e recursos para o público feminino encarcerado.
O projeto Libélula é parte de um conjunto de iniciativas que serão realizadas ao longo de dois anos, culminando em seis percursos formativos, buscando ampliar as ferramentas de capacitação para mulheres em situação de privação de liberdade. Inserido no eixo “justiça e prevenção da violência”, o Libélula contribui para a ressocialização e promove a redução da superlotação carcerária, sensibilizando a sociedade sobre a realidade penal, reconhecendo a importância de sua atuação no contexto penitenciário latino-americano, alinhada à missão de promover a dignidade da pessoa humana.
