Eu participei da inauguração da quadra, mas não tinha a esperança de ter o jiu-jitsu no Ciranda Esportiva, porque logo no início a modalidade oferecida era o judô, mas o projeto não pôde ofertar essa modalidade e com algumas correções acrescentaram o jiu-jitsu como prática.
Para mim é honra muito grande fazer parte desse projeto, é uma vivencia diferente. Já são 14 anos na prática esportiva e a aplicação do jiu-jitsu aqui na comunidade foi com um estilo e uma metodologia diferentes das que aplico com meus alunos de academia. Por estar em uma localidade que nunca tinha visto de perto uma arte marcial, foi um desafio. Eu tive que mudar a didática e a metodologia de ensino, fazendo uma adaptação para esses meninos.
Hoje tenho 1 ano e 4 meses no projeto e já conseguimos levar alunos para uma etapa de um campeonato, onde cada um deles nos surpreendeu de uma forma diferente. Foi muito gratificante ver a alegria deles e a empolgação. Para mim, como professor, é uma vitória muito grande ver a evolução deles.
Quando iniciamos o trabalho no projeto, perguntamos o que eles queriam ser quando adultos, e eles respondiam que queriam ser vaqueiros, que queriam ter fazenda. Hoje tem alguns que dizem que querem ser lutadores, outros querem fazer educação física, querem ser professores. Então a gente dá uma visão de mundo diferente para esses meninos. A alegria de ver o interesse deles pelo projeto é um resultado positivo.