Como conversar com filhos na adolescência? Que limites impor? Como participar da vida deles nesse momento? Essas foram algumas das questões discutidas com pais e mães de adolescentes em uma roda de conversa, realizada pelo Árvore da Vida. No dia 24 junho, a assistente social Duane Vilarino e o psicólogo Douglas Menezes receberam, na sede do Programa, moradores da comunidade do Jardim Teresópolis, em Betim (MG), para um bate-papo sobre “Limite, diálogo e relacionamento saudável”.
O encontro começou com a exibição de um vídeo em que duas adolescentes falavam sobre a própria fase que estão vivendo, evidenciando assim as contradições e dúvidas características desse momento. Por isso, Duane e Douglas destacaram a importância do diálogo na orientação dos filhos ao passarem pelas crises da adolescência.
Os participantes compartilharam experiências que vivem com os filhos e sugestões para ajudar a entender essa fase na vida dos meninos e meninas. “Eu inverto os papéis com a minha filha. Me coloco no lugar dela e ela na posição de mãe. Com isso, descobrimos juntas aspectos sobre a vida dela, o que me faz compreender melhor as mudanças”, contou Cleidimar Cristina Leal, dona de casa e mãe de uma jovem de 13 anos.
As mães tiraram dúvidas sobre como se aproximar dos filhos para conversar, principalmente, quando se trata de temas mais sensíveis, como drogas e sexo. Um caminho pode ser demonstrar interesse pela vida do adolescente e o que ele gosta de fazer. A dona de casa Rivanei dos Anjos Amorim, mãe de um menino de 15 anos e uma menina de 13, aprovou a iniciativa. “Cada um é de um jeito. Essa conversa foi uma oportunidade para lembrar que é preciso conversar e tentar entender a cabeça dos filhos.”
A assistente social Duane Vilarino destacou a participação dos pais e mães no debate. “Nós só conseguimos compartilhar diversos saberes e construir novas ideias porque eles foram muito abertos e aproveitaram o espaço para falar do tema que é de interesse deles.”
Durante a roda de conversa, os participantes também leram frases escritas por adolescentes, revelando seu relacionamento com os pais, medos e desejos. O evento teve ainda apresentação dos educandos das oficinas de percussão e canto coral do Árvore da Vida, que apresentaram três músicas ao público na abertura do evento.