Ainda hoje, apesar dos avanços, as mulheres enfrentam muitos desafios para garantir seus direitos e a igualdade entre os sexos. Para informar a população e mostrar a importância desse tema para a construção de uma sociedade mais justa, o programa Árvore da Vida realizou, no dia 27 de agosto, a palestra “Os direitos da mulher” com a promotora de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Dra. Nívia Mônica da Silva.
Coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário (CAO-DH), ela apresentou ao público um pouco da história dos direitos das mulheres na legislação brasileira e da atuação do Ministério Público (MP) na defesa das cidadãs. A promotora também propôs uma reflexão sobre o papel das mulheres na sociedade e a importância do protagonismo feminino. “A mulher precisa ter em mente seu protagonismo e agir como protagonista da própria vida”, destacou a Dra. Nívia.
Cerca de 150 pessoas, a maioria mulheres, estiveram presentes na palestra e debateram com a promotora formas de exercer sua cidadania e assegurar garantias básicas. Um dos temas mais discutidos foi o combate à violência contra a mulher. “No primeiro ‘não’ da mulher há o risco de desencadear um ato violento do parceiro. E ela precisa estar atenta”, alertou a promotora.
A palestra foi realizada na Escola Estadual Professora Lourdes Bernadete da Silva, no bairro Jardim Teresópolis, em Betim (MG). A ação faz parte de uma da Campanha de Valorização do Direito da Mulher promovida pelo Árvore da Vida em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais e integrou a programação do Mês do Bem.
Violência também é discutida na escola
No mês de agosto, a Escola Lourdes Bernadete promoveu também uma Feira Cultural, ação que acontece anualmente em que os alunos desenvolvem atividades sobre temas da atualidade. Este ano, as turmas do 3° ano do Ensino Médio abordaram a violência contra a mulher. Depois de pesquisarem sobre o assunto e visitarem uma delegacia especializada no atendimento à mulher, eles produziram cartazes que foram espalhados pela escola com informações sobre como ocorre esse tipo de violência e como as mulheres podem se defender. “Conheço jovens que são agredidas e se calam. Fazer um trabalho como esse é uma forma de ajudá-las a se informar e não aceitar mais a violência”, conta Fernanda Ferreira, de 17 anos, uma das alunas que participou da atividade.
Respeito que faz diferença
O Ministério Público de Minas Gerais lançou também em agosto a campanha “Que diferença faz?” com o objetivo de combater a discriminação e promover o respeito às diferenças. A ideia é sensibilizar a população para importância de valorizar a diversidade de raça, etnia, gênero, orientação sexual, situação socioeconômica, crença religiosa e deficiências físicas ou psicológicas. A ação segue até 10 de dezembro por meio de campanha publicitária, divulgação na imprensa e em redes sociais, além de ações em espaços públicos, estabelecimentos comerciais e em grandes eventos.