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Encontro Anual aproxima organizações latinoamericanas

Evento permitiu o diálogo entre pessoas envolvidas com a missão e metodologia AVSI

Para favorecer o diálogo e a aproximação entre sócios fundadores da Fundação AVSI, foi realizado o I Encontro Anual América Latina, em Salvador. As linhas guia da organização no âmbito regional, as potencialidades e a contribuição dos sócios fundadores latinoamericanos para participação do crescimento da obra AVSI foram alguns dos temas debatidos nos últimos dias, de 6 a 8 de junho.

Cerca de 30 pessoas participaram do encontro: representantes das filiais da Fundação AVSI no Equador, México e Peru; organizações sem fins lucrativos de diferentes países que são sócio fundadoras da instituição italiana – ACDI (Argentina), AVSI BrasilCDM (Brasil), CESAL (Espanha), Crecemos-DIJO (México), CREN (Brasil), Fundação DOMUS (Chile) e Fundação Sembrar (Equador); Cities Alliance, como palestrante convidada; membros do conselho diretivo, secretário geral e presidente da Fundação AVSI, respectivamente, Giampaolo Silvestri e Patrizia Savi.

O primeiro dia do evento foi reservado para a visita de campo a projetos desenvolvidos no Subúrbio Ferroviário de Salvador – na comunidade Guerreira Zeferina – e no centro histórico da capital baiana, no Museu de Eletricidade da Coelba.


Regionalização

O tema de abertura do evento foi a regionalização, ou seja, o acordo de cooperação técnica e econômica entre a Fundação AVSI e a AVSI Brasil, com atuação no triênio 2018-2020.

Como esclareceu Fabrizio Pellicelli, que gerencia a regionalização na América Latina, são 3 as categorias de atuação: 1) garantir a visão estratégica e a atuação da Fundação em nível regional; 2) apoiar o desenvolvimento das filiais da Fundação e de sujeitos locais, através de assistência metodológica, operativa e administrativa; 3) garantir um diálogo maior com os sócios fundadores da Fundação AVSI.


Painéis temáticos

O Encontro Anual foi organizado em painéis, sempre com um espaço para debate após cada bloco temático, permitindo aos participantes aprofundar a discussão e esclarecer dúvidas.

No primeiro dia, os debates foram sobre: o trabalho em rede, os financiadores e a atuação estratégica da AVSI nos Estados Unidos; as cidades sustentáveis e desenvolvimento urbano; as migrações na América Latina e a atuação no estado de Roraima; e os direitos humanos e o sistema carcerário (Jacopo Sabatiello). Desse bloco, participaram Jackie Aldrette (AVSI EUA), Ana Claudia Rossbach (Cities Alliance), Daniela Cuadra (Fundação AVSI) e Jacopo Sabatiello (AVSI Brasil).

O diálogo sobre os modelos institucionais dos sócios fundadores, o percurso, os elementos de valor e os desafios foram abordados pelas organizações Cesal, AVSI Brasil, AVSI México e Crecemos DIJO, representadas por Pablo Llano, Jacopo Sabatiello, Rossana Stanchi e Maria del Socorro del Rio, respectivamente.

Os painéis seguintes aprofundaram o patrimônio de atuação da rede AVSI e a experiência dos sócios fundadores em 4 blocos temáticos: 1) Mudanças climáticas, agricultura inteligente e cadeia de valor (com Mauricio Moresco, da ong argentina ACDI, Ricardo Gonzalez, da AVSI Peru, e Sarah Holtz, da AVSI Equador); 2) Segurança alimentar e água (com Maria Paula Albuquerque, do CREN, Maria del Socorro del Rio, da mexicana Crecemos DIJO, e Ana Bianchi, da AVSI Brasil); 3) Educação, formação e inserção laboral (com Stefania Fomlonga, da fundação equatoriana Sembrar, Jorge Junqueira, da fundação chilena Domus, e Pablo Llano, da ong espanhola Cesal); 4) Setor privado como ator de cooperação, sustentabilidade e valor compartilhado (com Giampaolo Silvestri, da Fundação AVSI na Itália, Jacopo Sabatiello, da AVSI Brasil, e Martionei Gomes, da ong brasileira CDM).


Conclusões

A presidente da Fundação AVSI, Patrizia Savi, sintetizou o encontro reforçando que o processo de regionalização responde às exigências da Fundação e também às demandas de alguns sócios fundadores, que expressam um desejo de diálogo mais próximos entre as organizações que compõem um território. “A Fundação AVSI se reorganizou e se reestruturou para responder a esse objetivo de atuar em rede. Esse evento dá início ao caminho que vamos percorrer juntos, aqui na América Latina, nos próximos anos”, afirmou.

Para ela, ao compartilhar suas experiências, as organizações latinoamericanas esclareceram pontos de sinergia. “Percebi que vocês se colocaram como complementares e não como concorrentes. Para mim, isso é muito positivo. A regionalização pode ser entendida como uma ponte, uma oportunidade para trabalhar em rede, estabelecendo relações entre sujeitos adultos, com liberdade e responsabilidade”, destacou a presidente.

A sustentabilidade, um dos temas das discussões, foi mencionado pela presidente como um ponto de atenção, especialmente sobre a necessidade de diversificar parceiros e investidores. “Este é um tema de trabalho para todos nós”, reconheceu.

Sobre a organização de cada instituição, Patrizia recomendou: “Temos que potencializar nossa força, nossa vontade e nosso tempo para conseguir trabalhar juntos. Daqui a um ou dois anos, vamos nos encontrar novamente para verificar os frutos dessa semente que plantamos hoje”.