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O rosto do refugiado: conheça a história da venezuelana Yeimy Cormoto

A venezuelana, mãe de seis filhos, atravessou a fronteira em busca de melhores oportunidades de vida

Yeimy Cormoto tem 35 anos e morava na Venezuela com seus seis filhos mais uma neta de 2 anos. No país de origem, ela vendia alimentos para conseguir sustentar a família, mas com a crise humanitária instaurada precisou sair em busca de novas e melhores oportunidades de vida. “Como muitos venezuelanos, fui forçada a deixar o país devido à situação econômica. Estava sendo muito difícil conseguir comida e sustentar minha família”.

Após decidir vir para o Brasil, a venezuelana enfrentou todo o percurso de travessia da fronteira até chegar em Boa Vista. Segundo Yeimy, o momento em que mais sentiu medo foi quando teve que fazer a travessia do rio que divide os dois países: “me arrisquei na esperança de um futuro melhor aqui”, destaca a venezuelana.

Na capital roraimense, Yeimy encontrou o ex-marido e pai dos seus filhos. No posto de triagem (PTRIG) recebeu informações sobre os centros de acolhida e foi direcionada para o abrigo São Vicente. Há dois meses, ela e mais três filhos estão agora no abrigo Rondon II aguardando uma oportunidade de interiorização.

“Estou esperando minha vez de ser interiorizada com três dos meus filhos. Quero trabalhar, poder ter novamente um lugar para chamar de lar.  Dar aos meus filhos a possibilidade de estudar e se tornar alguém no mundo”.

A venezuelana também ressalta que o que mais gosta no abrigo é a oportunidade de participar de formações e cursos. “Agradeço a Deus e às organizações que nos apoiam, apesar desta situação não ser fácil, hoje tenho um teto sobre a minha família”.