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PROJETO ALÉM DAS FRONTEIRAS BRASILEIRAS REALIZA MAIS UM ENCONTRO FORMATIVO COM REPRESENTANTES DAS APACs DO CHILE

O evento, realizado de maneira virtual, reuniu 22 capelães regionais, responsáveis pela aplicação e condução da metodologia APAC no Chile.

O projeto Além das Fronteiras Brasileiras (Más Allá de las Fronteras) realizou, na última semana, o Encontro Formativo de Capelães Regionais do Chile sobre a metodologia APAC. A reunião, que ocorre sob demanda, é um importante momento de diálogo entre os responsáveis pela correta aplicação e direcionamento do método APAC.

O encontro foi iniciado pelo presidente da Confraternidade Carcerária do Chile e Capelão Nacional da Gendarmeria de Chile, Luis Mussiett e contou com a fala do diretor nacional da Gendarmeria de Chile, Coronel Christian Alveal. No Chile, as APACs são acompanhadas pela Confraternidade Carcerária local e pelos Capelães Regionais da Gendarmeria chilena.

O encontro, executado de forma remota, incluiu dois momentos ao longo do dia: o primeiro, realizado no turno da manhã, contou com uma apresentação da realidade atual das APACs no Chile e no Brasil e dos avanços que o projeto obteve no último ano na Costa Rica e no Paraguai, que também são parte da iniciativa. Além disso, também aconteceu uma roda de conversa onde cada capelão pode compartilhar a situação atual das APAC que acompanham no Chile. Natanael de Souza, atual presidente de 3 APACs na cidade de Frutal, foi convidado para compartilhar sua experiência e sua trajetória com a metodologia APAC desde voluntário até seu cargo atual.

O segundo momento do encontro contou com palestra de Valdeci Ferreira, diretor geral da FBAC, que falou sobre os impactos ocasionados pela pandemia na vida dos recuperandos e recuperandas brasileiros e como a FBAC e iniciativas como o projeto Más Allá de las Fronteras tem trabalhado na mitigação destes impactos. Para concluir o dia de trabalho, Elán Tebas, presidente da APAC de Caratinga (MG), compartilhou sua trajetória pessoal e profissional na implementação do método APAC.  Ao total, participaram do encontro 22 capelães regionais.

“O trabalho que os capelães fazem nas penitenciárias é muito necessário para que as pessoas privadas de liberdade possam se reencontrar, e também possam abandonar o crime como meio de subsistência. Sinto que a parte espiritual não pode deixar de fazer parte desta intervenção, especialmente se assumirmos que a pessoa chega à prisão sem conhecer outras realidades. Por isso, em vez de falarmos de reinserção, ressocialização, poderíamos falar de inserção, socialização”, destaca Christian Alveal, diretor nacional da Gendarmería do Chile.

Além das Fronteiras Brasileiras

A iniciativa, financiada pela União Europeia, surge com o objetivo de reforçar a atuação das APACs em nível internacional. Especificamente, contribui para a criação, consolidação e fortalecimento de uma rede de organizações da sociedade civil na América Latina de cooperação internacional na promoção dos direitos humanos da população carcerária e no combate a atos de tortura, maus tratos, penas cruéis, desumanas e degradantes, a partir da experiência metodológica das APACs.

Sobre as APACs

As APACs são Organizações da Sociedade Civil que têm como objetivo a humanização das penas privativas de liberdade e a promoção dos direitos humanos das pessoas privadas de liberdade através de um trabalho voltado para sua ressocialização efetiva.